quarta-feira, outubro 13, 2004

Tempos académicos (ou não...)

Hoje decidi falar sobre o ensino universitário, o meu objecto de estudo (como não poderia deixar de ser) vai ser a ESTA, Escola Superior de Tecnologia de Abrantes mais não seja por ser onde estudo.
Supostamente a academia onde estudamos deveria ser um sitío de cultura e inspiração para os futuros licenciados, ora isso não acontece... E porquê? Porque em Portugal não se segue a lógica da maioria dos países, isto é, não se aposta na formação dos futuros governantes, engenheiros, deputados, professores e por aí adiante.
Por terras lusas é considerado um luxo dispensável tirar um curso superior, e depois vêm para os media queixarem-se que as vagas não são preenchidas... Sobem as propinas no ensino público, e depois os estudantes que têm o azar de ficar colocados longe de casa, ainda são sobrecarregados com todas as outras despesas inerentes à deslocação para fora da sua área de residência, o que acontece é que ninguém se lembra desses gastos (se calhar ter um tecto e comida sobre mesa também é algo dispensável...). Isto leva a consideráveis aumentos no número de candidaturas a lugares no ensino corporativo.
Depois também gostam de abrir universidades pelo país sem garantirem o seu bom funcionamento, sempre fica bem cortar uma fita ali e outra acolá.
No meu caso posso dizer que fiquei um pouco chocada quando entrei no edifício principal (e então único)e reparei que tinhamos ar condiciondo nas salas, fornecido directamente pelos armazéns S. Pedro... Sim! Janelas a cair e sem vidros! Num sitío onde no Inverno se atingem temperaturas muito baixas... Até o Senhor Dr. Matos Correia (Vice-presidente da comissão política nacional do PSD) que esteve a leccionar, no ano lectivo 2003/2004, no 3º ano de Comunicação Social a cadeira de Relações Internacionais, se queixou das fracas condições que dispunhamos, mas mesmo assim, também não se esforçou, pelo menos aparentemente, para tentar mudar alguma coisa, aqui e em todos os outros estabelecimentos de ensino com as mesmas ou piores condições.

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